Vultures - Part I

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Vicious, heinous  creatures.
They do not faulter.
They fly aorund, just waiting for the walls to crumble, the ceiling to fall, the earth to move.
Trick, inteligent animals, for they know it is just a matter of time.
"I got to leave this evening
Can't seem to shake these vultures
Out of my trail."

I walk on unknown roads. Treacherous, vindictive places that mock my every move, laughing at my expense. At each step, they wait to see if I’ll stumble and finally fall. Vultures they are, smelling the fear in my flesh and the warm blood in my veins. They are waiting as they watch him leave.
Him, that left without leaving any trace of happiness. That took all the fond memories I still had in me. That emptied my soul of all the good things I still considered him to be. He just left me there, standing, holding in my hands everything that was evil and sad about us. I didn’t choose to leave him. Crying, I chose to desert him.
Still, the vultures are watching, waiting... smirking at my pain. But they do not know what’s inside me. They do not know that I am finally setting myself free. And so, I walk without seeing, I hear without listening. I wander on the corridors of this new found life.
I go about my day, noticing, as John says, “all these vultures hiding right outside my door”. They whisper and I stare at them, smiling cryptically, for they are not aware of the bliss that runs with my blood. The joy that slowly makes its way out. Today I’m free as a bird and everyone can see it.

Wandering Alone

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"Next time I'll be braver
I'll be my own savior
Standing on my own two feet..." (Adele - Turning Tables)

Odeio quando me sinto impotente. Me sentir consumida por sentimentos que não entendo de onde vieram. Não sei nem porque de aparecerem. Me sinto ausente. Vazia?! Paro para pensar em tudo que acontece comigo, com as pessoas ao meu lado... em tudo ao meu redor, neste meu mundo. Neste lugar que vivo que só existe para mim.

Minha vida é uma bagunça sem fim. Me perco em pensamentos. Me perco em minhas atitudes. Em minhas decisões. Me perco. Às vezes acho que não sei mais o que quero, ou finjo não ver. Melhor ser cega. Porque o pior cego é aquele que não quer ver. E eu sou ele. Sou o cego que não quer ver. Que tem medo de abrir os olhos e descobrir a verdade. Ou talvez descobrir que tudo não passou de uma ilusão. De algo que criei. É como se fosse uma mentira que você conta para si mesmo a tanto tempo que você acaba acreditando.

São tendências psicóticas. Odeio quando fico psicótica. Paranóica. Depressiva. Odeio depressão. Vi a cara dessa desgraçada mais do que gostaria. Ela me fez chorar. Senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Não é apenas uma coisa. É uma coleção de detalhes. Detalhes que omitimos. Melhor falar que tem uma única razão do que sentar para dar explicação de algo que não se pode explicar. De algo que não se quer explicar.

Minha máscara esconde meu verdadeiro rosto. Queria mostrar meu eu completo, mas tenho medo. Prefiro ser a garota extrovertida. Que faz caras e bocas. Ela é divertida. Ela tenta trazer a felicidade que a muito tempo busca para si. Busca eterna. Busca em vão. Felicidade superficial. Momentânea. Ela quer ser quem eles precisam. Mas também quer que sejam o que ela necessita.

Medo a consome aos poucos. Ela sente falta de ser abraçada de verdade. De ser confortada. De chorar sem precisar se explicar. De ter alguém lá para ela, que saiba o que ela sente sem precisar falar. Que saiba lhe fazer feliz com apenas um olhar.

Correndo contra o vento. Nadando contra a maré. Contra a correnteza. Tanto faz. Lá estou eu. Numa luta sem fim. Procurando saídas. Procurando respostas. Longe. Distante do que uma vez foi meu mundo. Meu porto seguro. Não acredito mais nele. Por isso estou aqui. Longe. Começando do zero. Procurando respostas. Encontrando pessoas. Encontrando caminhos. Tentando aceitar meu destino.

Outra Vida, Outra Pessoa

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A brisa entrava de mansinho, raios do sol atravessavam a cortina branca naquela tarde de primavera. O dia havia passado rápido e de alguma forma ela sabia que a noite teria o mesmo destino. Sentada sozinha num canto do quarto, ela ouvia as mesmas músicas repetidamente, como se fossem as batidas de seu coração.

Caixas e malas agora faziam parte do cenário. Em uma semana tudo estaria diferente, em uma semana Abigail estaria longe de tudo aquilo que ela classificava como seu mundo.

Tentar parecer forte e decidida parecia-lhe a melhor opção, mas as lágrimas insistiam em escorrer. Tentar impedir os pensamentos parecia-lhe sensato, mas momentos do passado continuavam a inundar sua mente. Não era tristeza, era a saudade batendo em sua porta antes mesmo de partir.

Abigail levanta-se do canto empoeirado do quarto e olha para o relógio sobre a mesa. Já são cinco e quarenta e nove. Anda calmamente até o espelho e para variar, a imagem refletida não lhe agrada. A maquiagem está borrada, o cabelo em completo desalinho e o vestido preto todo amassado. Em uma mistura de desespero e nervosismo, corre para tentar arrumar o que em sua mente não tem salvação.

Pronta, senta-se na cama e tenta novamente ligar para aquele que só a faz sorrir, seu melhor amigo. Nada. Chama e ninguém atende.

Larga o celular na cômoda e começa a andar freneticamente pelo quarto, tentando manter o compasso de seus pensamentos. O ano havia passado rápido. Novembro veio, trouxe situações inesperadas em seus últimos dias, e foi embora como se nada tivesse acontecido, deixando apenas aquela sensação de ansiedade, aquele desconforto. Hoje, no primeiro sábado do novo mês, Abigail tentava ignorar a realidade.

~

Não há mais brisa entrando de mansinho, ela foi substituída por um vento forte que arrasa tudo. Os raios do sol não atravessam a cortina branca durante a tarde. Agora uma tempestade arrasta tudo que encontra pelo caminho. Bate com força no vidro da janela do quarto levando com ela as lágrimas que caíram no parapeito. Os dias rastejam, e ela sabe que o destino da noite é bem pior. As noites parecem mais longas agora. Ela senta novamente num canto do quarto, e escuta músicas que não deveria ouvir repetidamente. Elas não parecem a batida do coração, mas acompanham perfeitamente o soluçar e a freqüência das lágrimas.

Caixas e malas em breve farão parte do cenário novamente. Em um mês tudo será diferente. Ao mesmo tempo, a alguns meses atrás, ela não imaginava que hoje estaria nesta situação, passando por tudo que está passando e prestes a vivenciar algo que ela ainda não tinha planejado para si mesma.

Abigail de certa forma construiu dois mundos que se mesclam. Ela sai de um, para entrar em outro, mas nenhum deles é o mesmo. Não hoje. Não nesta semana. Não neste mês.

Ela finge estar bem e que nada mudou, mas freqüentemente as lágrimas voltam a escorrer. Os momentos vividos voltam a sua cabeça, e os pensamentos inundam seu ser. Agora não é apenas saudade. É tristeza, é solidão. É estar num lugar cheio de gente e se sentir como o único ser humano na Terra.

Abigail levanta-se desajeitadamente do canto empoeirado do quarto, sentindo dor por todo corpo, e olha para o mesmo relógio que esta em cima da mesa. São cinco e quarenta e nove. Anda calmamente até o espelho, e mais uma vez, a imagem refletida não lhe agrada. Na verdade, ela nunca esteve pior. Maquiagem já não usa. As olheiras e olhos inchados não são facilmente escondidos. O cabelo cai sobre seus olhos em desalinho. Não há desespero, nem pressa em consertar ou arrumar qualquer coisa, não tem salvação no momento. Não com as crises.

Senta-se na cama, e tenta achar a posição que menos incomoda. Pega o celular, olha o visor e larga-o em seguida no chão. Bate os dedos freneticamente contra o dossel da cama, tentando reprimir as lágrimas e os pensamentos. O ano havia passado mais rápido que os anteriores. Dezembro veio, e trouxe situações desagradáveis e inesperadas, e foi embora como se nada tivesse acontecido, deixando apenas aquela sensação de desconforto, dor, impaciência. A poucos dias do Ano Novo, não há perspectiva. A única coisa que Abigail quer é ignorar a realidade.

Poesia (mente)

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Foi em um pequeno poema, um estrofe diversa e um verso perdido. Tudo voou pelos ares e nada conseguiu afastar o que existe, pois o entrelaçamento desses versos segue uma métrica perfeita. Tivemos uma separação de estrofes, essas que voltaram muito mais encadeadas por rimas perfeitas e simétricas. Não importa que o hiato tenha sido incrustado na existência, apenas o que importa é que no reencontro das sílabas tudo se fez de forma muito mais sublime. Sílabas inseparáveis e, como prometido, o que for pra mudar que mude sempre para melhor, pois cada pequeno fragmento de toda essa existência se tornou um objeto inteiro de tamanho incalculável. Nos momentos de dor sempre estivemos ali, eu sempre soube o lugar que eu deveria correr, nunca foi negado um abraço e nunca foi negado um bom conselho de amigo.
Agora não é mais um plano cerceado pela paranóia apocalíptica instaurada anteriormente, cremos que tudo deve ser dividido, por mais que a informação por vezes seja inútil, sempre há um motivo para que o telefone toque. Não é simplesmente uma relação amiga, é como se existissem termos integrantes que nos tornassem uma família. Agora inseparáveis. Todos nós.

Frederico Fagundes

Abyss

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Sits down, staring quietly at words. They have not yet been written down, they just swim back and forth in this endless ocean of the mind. Thoughts rush and overflow. It is so loud inside. Every feeling screams out loud. It is unbearable to watch the destruction of those tears falling down. Memories sweep and devastate what water has left behind. There is nothing left to be said. Void and darkness paint those beautiful empty eyes. Nothing left to do. Just let that fear take over. Nothing left to lose. Allow the anger to escalate. This is your burden. Carry it.


(with Damien Rice on repeat and the last cigarrete burning)

Still True

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"I'll find repose in new ways,
Though I haven't slept in two days,
Cause cold nostalgia chills me 'till the bone.
But drenched in Vanilla twilight,
I'll sit on the front porch all night,
Waist deep in thought because when I think of you.
I don't feel so alone."

Owl City - Vanilla Twilight

Last Train To Disco

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Existe algo absolutamente mágico quando escuto músicas dos anos 70... 
Ontem foi um daqueles dias que me fazem pensar de novo e de novo como eu gostaria de ter vivido naqueles tempos.
Hoje perdiram que eu escutasse "Last Train To London", e assim como ontem, foi mágico!
Para os que não conhecem, fica a dica:
"It was 9-29, 9-29 back street big city
The sun was going' down, there was music all around
It felt so right.
It was one of those nights,
One of those nights when you feel the world stop turning,
You were standing there, there was music in the air
I should have been away, but i knew i'd have to stay.
Last train to london, just heading out,
Last train to london, just leaving town.
But i really want tonight to last forever
I really wanna be with you.
Let the music play on down the line tonight.
It was one of those nights,
One of those nights when you feel the fire is burning,
Everybody was there, everybody to share, it felt so right.
There you were on your own,
Looking like you were the only one around,
I had to be with you, nothing else that i could do,
I should have been away, but i knew i'd have to say.
Last train to london, just heading out,
Last train to london, just leaving town.
But i really want tonight to last forever
I really wanna be with you.
Let the music play on down the line tonight.
Underneath a starry sky,
Time was still but hours must really have rushed by,
I didn't realize, but love was in your eyes
I really should have gone, but love went on and on...
Last train to london, just heading out,
Last train to london, just leaving town.
But i really want tonight to last forever
I really wanna be with you.
Let the music play on down the line tonight."

Last Train To London by Electric Light Orchestra
from the album "Discovery"
Vale a pena conferir o álbum inteiro =)
Sem mais,
Bom Carnaval para todos ao som de disco!